
Sim, já foi há algum tempo que publiquei a minha última postagem neste blogue. Todavia, optei agora por escrever esporadicamente, ou seja, sempre que encontrar alguma ideia e/ou assunto os meus leitores terão algo com que se entreter. O que me traz hoje aqui é o tema habitual. Nos últimos tempos tenho filosofado sobre o estado do nosso país e, até, sobre uma eventual mudança de regime no mesmo. Depois de uma elucidativa e interessante conversa com algumas pessoas, cheguei, de facto, à conclusão que existe muita propaganda republicana espalhada por Portugal. Descobri que a nossa população, em geral, não tem acesso a informação importante. Nos finais de Janeiro, fazia-se vigorar a ideia de que a Revolta de 31 de Janeiro tinha sido uma grande e importante demonstração do poderio do Partido Republicano, quando, na realidade constituiu uma manifestação mínima, mas multiplicada muitas vezes em importância e em números por aqueles que viam naquela triste e falhada rebelião esse mesmo "imenso" poder republicano. Desenganem-se os leitores que digo isto por me identificar com os ideais monárquicos. O que escrevi é um facto que, como já referi, está apagado dos "manuais de cultura" acessíveis à população. Convenhamos, não "dá jeito", perdoe-se a expressão, que os portugueses saibam que as eleições de 1910 tenham resultado em:
Partidos Monárquicos (Bloco Liberal e Bloco Conservador, constituídos por vários partidos)- 93%
Partido Republicano- 7%
Isto traduz-se em :
Partidos Monárquicos- 140 deputados
Partido Republicano- 14 deputados
Assiste-se a uma clara vitória dos Republicanos... Ou não?!
A partir disto cada leitor retira a sua conclusão. Embora seja claro que a República se IMPÔS em Portugal de forma totalmente anti-democrática, como o demonstram a 1ª República e o Estado Novo.
Obrigado aos leitores.
Thomaz de Quintella